Letras das Músicas
"A Minha Casinha"
As saudades que eu já tinha
Da minha alegre casinha
Tão modesta quanto eu.
Meu deus como é bom morar
Modesto primeiro andar
A contar vindo do céu.
Instrumental
As saudades que eu já tinha
Da minha alegre casinha
Tão modesta quanto eu.
Meu deus como é bom morar
Modesto primeiro andar
A contar vindo do céu.
Instrumental
As saudades que eu já tinha
Da minha alegre casinha
Tão modesta quanto eu.
Meu deus como é bom morar
Modesto primeiro andar
A contar vindo do céu.
Instrumental
La ra la la la la la la
La ra la la la la la la
Instrumental
As saudades que eu já tinha
Da minha alegre casinha
Tão modesta quanto eu.
Meu Deus como é bom morar
Modesto primeiro andar
A contar vindo do céu.
...do céu,
...do céu,
...do céu
"Aqui Ao Luar"
Ela sorriu
E ele foi atras
Ela despiu
E ela o satifaz
Passa a noite,
passa o tempo
Devagar
Já é dia,
já é hora
De voltar
Aqui ao luar,
Ao pé de ti,
Ao pé do mar,
Só o sonho fica só ele pode ficar... (2x)
Ela sorriu
E ele foi atras
Ela despiu
E ela o satifaz
Passa a noite,
passa o tempo
Devagar
Já é dia,
já é hora
De voltar
Aqui ao luar,
Ao pé de ti,
Ao pé do mar,
Só o sonho fica só ele pode ficar...
"Não Sou O único"
Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ver os sonhos partirem
À espera que algo aconteça
A despejar a minha raiva
A viver as emoções
A desejar o que não tive
Agarrado ás tentações
E quando as nuvens partirem
O céu azul ficará
E quando as trevas abrirem
Vais ver, o sol brilhará
Vais ver, o sol brilhará
Não, não sou o único
Não, sou o único a olhar o céu
Não, não sou o único
Não, sou o único a olhar o céu Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ouvir os conselhos dos outros
E sempre a cair nos buracos
A desejar o que não tive
Agarrado ao que não tenho
Não, não sou o único
Não sou o único a olhar o céu E quando as nuvens partirem
O céu azul ficará
E quando as trevas abrirem
Vais ver, o sol brilhará
Vais ver, o sol brilhará
"Contentores"
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
Num voo nocturno num cargueiro espacial
Não voa nada mal isto onde vou
P'lo espaço fundo
Mudaram todas as cores
Rugem baixinho os motores
E numa força invencível
Deixo a cidade natal
Não voa nada mal
Não voa nada mal
Pela certeza dum bocado de treva
De novo Adão e Eva a renascer
No outro mundo
Voltar a zero num planeta distante
Memória de elefante talvez
O outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
E nasce de novo o dia
Nesta nave de Noé
Um pouco de fé (x2
"Circo De Feras"
A vida vai torta
Jamais se endireita
O azar persegue
Enconde-se à espreita
Nunca dei um passo
Que fosse o correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo
(Refrão)
Enquanto esperavas no fundo da rua
Pensava em ti e em que sorte era a tua
Quero-te tanto...(quero-te tanto)
Quero-te tanto...(quero-te tanto)
De modo que a vida
É um circo de feras
E uns entre tantos
São as minhas feras
Nunca dei um passo
Que fosse o correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo
(Refrão)
Enquanto esperavas no fundo da rua
Pensava em ti e em que sorte era a tua
Quero-te tanto...(quero-te tanto)
Quero-te tanto...(quero-te tanto)
...(momento instrumental)...
"Voar"
Eu queria ser astronauta,
O meu país não deixou,
Depois quis ir jogar à bola,
A minha mãe não deixou.
Tive vontade de voltar à escola,
Mas o doutor não deixou,
Fechei os olhos e tentei dormir,
Aquela dor não deixou...
Ó meu anjo da guarda,
Faz-me voltar a sonhar,
Faz-me ser astronauta,
E voar...
O meu quarto é o meu mundo,
O ecran é a janela,
Não choro em frente à minha mãe,
Eu que gosto tanto dela.
Mas esta dor não quer desaparecer
Vai-me levar com ela...
Ó meu anjo da guarda,
Faz-me voltar a sonhar,
Faz-me ser astronauta,
E voar...
Acordar meter os pés no chão,
Levantar, pegar no que tens mais à mão,
Voltar a rir, voltar a andar, voltar, voltar...
Voltarei... (8x)
Acordar, meter os pés no chão,
Levantar, pegar no que tens mais à mão,
Voltar a rir, voltar a andar, voltarei...
"À Minha Maneira"
A qualquer dia,
A qualquer hora,
Vou estoirar, pra sempre.
Mas entretanto,
enquanto tu duras,
Tu poes-me tão quente.
Já sei que hei-de arder na tua fogueira,
mas será sempre, sempre à minha maneira.
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só é para lutar,
À minha maneira (à minha maneira)
À minha maneira
Por essa estrada,
Por esse caminho
A noite, de sempre
De queda em queda,
Passo a passo,
Vou andando, prá frente
Já sei que hei-de arder na tua fogueira
Mas será sempre, sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira (à minha maneira)
À minha maneira
À minha maneiraaaaa
À minha maneira!
"O Homem Do Leme"
Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir, nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir, nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
"Para Ti Maria"
De Bragança a Lisboa
São 9 Horas de distância
Q'ria ter um avião
P'ra lá ir mais amiúde
Dei cabo da tolerância
Rebentei com três radares
Só para te ter mais perto
Só para tu te dares
E saio Agora!
E vou correndo!
E vou-me embora!
E vou correndo!
Já não demora!
E vou correndo p'ra ti...Maria!!
Outra vez vim de Lisboa
Num comboio azarado
Nem máquina tinha ainda
E já estava atrasado
Dei comigo agarrado
Ao porteiro mais pequeno
E tu de certeza à espera
Rebolando-te no feno
E saio agora!
E vou correndo!
E vou-me embora!
E vou correndo!
Já não demora!
E vou correndo p'ra ti...Maria!!
Seja de noite ou de dia
Trago sempre na lembrança
A cor da tua alegria
O cheiro da tua trança
De Bragança a Lisboa
São 9 Horas de distância
Q'ria ter um avião
P'ra lá ir mais amiúde
E saio Agora!
E vou correndo!
E vou-me embora!
E vou correndo!
E vou embora!
E vou correndo p'ra ti....Maria!!
Maria!!Maria!!Maria!!
"Perfeito vazio"
Aqui estou eu
Sou uma folha de papel vazia
Pequenas coisas
Pequenos pontos
Vão me mostrando o caminho
Às vezes aqui faz frio
Às vezes eu fico imóvel
Pairando no Vazio
As vezes aqui faz frio
Sei que me esperas
Não sei se vou lá chegar
Tenho coisas p'ra fazer
Tenho vidas para a acompanhar
Às vezes lá faz mais frio
Às vezes eu fico imóvel
Pairando no vazio
No perfeito vazio
Às vezes lá faz mais frio
(lá fora faz tanto frio)
Bem-vindos a minha casa
Ao meu lar mais profundo
De onde saio por vezes
Para conquistar o mundo
Às vezes tu tens mais frio
Às vezes eu fico imóvel
Pairando no vazio
No perfeito vazio
Às vezes lá faz mais frio
No teu peito vazio
"Gritos Mudos"
Neons vazios num excesso de consumo
Derramam cores pelas pedras do passeio
A cidade passa por nós adormecida
Esgotam-se as drogas p'ra sarar a grande ferida
Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão
E o coração aperta-se e o estômago sobe à boca
Aquecem-nos os ouvidos com uma canção rouca
E o perigo é grande e a tensão enorme
Afinam-se os nervos até que tudo acorde
Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão
E a noite avança, e esgotam-se as forças
Secam como o vinho que enchia as taças
E pára-se o carro num baldio qualquer
E juntam-se as bocas até morrer
Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga com toda a razão
"Para Sempre"
O nosso amor de sempre
Brilhará, p'ra sempre
Ai, meu amor
O que eu já chorei por ti
Mas sempre
P'ra sempre
Vou gostar de ti
Juro, meu amor que sempre
Voltarei, p'ra sempre
Ai, meu amor
O que eu já chorei por ti
Mas sempre
P'ra sempre
Gostarei de ti
Ai, meu amor
O que eu já chorei por ti
Mas sempre
P'ra sempre
Vou gostar de ti
"Ai Se Ele Cai"
Todos os dias te vejo
Todas as noites te quero
E eu vou procurando
Um sinal em ti
Que me faça rir
E eu espero e nunca mais vem
Vou tirando fotocópias
E vou pensando em ti
E vou adivinhando todos desejos
E todos beijos
Que temos para trocar
De tanto querer
De tanto gostar
De tanto te amar
Eu não te quero perder
Ai se ele cai
Vai se partir
Meu coração
Vai-se partir
Todos os dias te tenho
Todas as noites te abraço
Vou aproveitando
Tudo o que tu tens
Tudo o que me dás
Nem consigo acreditar
Meu amor, se isto é só um sonho bom
Eu não quero acordar
E de tanto querer
De tanto gostar
De tanto te amar
Eu não te quero perder
Ai se ele cai
Vai se partir
Meu coração
Vai-se partir
"Chuva Dissolvente"
Entre a chuva dissolvente
No meu caminho de casa
Dou comigo na corrente
Desta gente que se arrasta
Metro, túnel, confusão
Quente suor vespertino
Mergulho na multidão
No dia a dia sem destino
Putos que crescem sem se ver
Basta pô-los em frente à televisão
Hão-de um dia se esquecer
Rasgar retratos, largar-me a mão
Hão-de um dia se esquecer
Como eu quando cresci
Será que ainda te lembras
Do que fizeram por ti?
E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei, já me esqueci
Quando te livrares do peso
Desse amor que não entendes
Vais sentir uma outra força
Como que uma falta imensa
E quando deres por ti
Entre a chuva dissolvente
És o pai de uma criança
No seu caminho de casa
E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei...
Já me lembrei, já me esqueci
"O Mundo Ao Contrário"
"Onde Vais?"
Perguntas tu,
Ainda meio a dormir.
"Não sei bem"
Respondo eu,
Sem saber o que vestir.
"Porque sais?,
Ainda é cedo,
E tu não sabes mentir."
"Nem eu sei,
Só sei que fica tarde
E eu tenho de ir."
Bem depois,
De estar na rua,
Instalou-se uma dor
Por nós dois,
Talvez sair
Tivesse sido o melhor...
Se assim foi,
Então porque me sinto a morrer de amor?
Tenho a noite
A atravessar
Doi-me não ir,
Mas não me deixas voltar...
Se gosto de ti,
Se gostas de mim,
Se isto não chega
Tens o Mundo ao contrário.
O Mundo ao contrário
Tenho a noite
A atravessar
Doi-me não ir,
Mas não me deixas voltar...
Se gosto de ti,
Se gostas de mim,
Se isto não chega
Tens o Mundo ao contrário.
"Enquanto a Noite Cai"
O sol desce para Monsanto
Enquanto a noite cai
Adormeceu entretanto
Já saiu a namorada
Aguardou este momento
Sabe que a hora é sagrada
Nem é tarde nem é cedo
Era a que estava marcada
Vai por cima do roupeiro
Acha a caixa arrumada
Sopra o pó abre-lhe o fecho
Dá com ela descansada
Descansada está a arma
No pano adormecida
Tão perfeita tão gelada
Própria p'ra te roubar a vida
E enquanto a noite cai
O que é que ele vai ser
Trancou a porta de casa
Desceu decididamente
Aspirou o ar da rua
Fundiu-se no mar de gente
Via arma e apanhei-a
Dei com o corpo no barranco
Já nasceu a lua cheia
Desceu o sol em Monsanto
E enquanto a noite cai
O que é que ele vai ser
"Por Quem Não Esqueci"
Há uma voz de sempre
Que chama por mim
Para que eu lembre
que a noite tem fim
Ainda procuro
Por quem não esqueci
em nome de um sonho
em nome de ti
Procuro a noite
um sinal de ti
eu espero a noite
por quem não esqueci
eu peço a noite
um sinal de ti
Por quem eu não esqueci
Por sinais perdidos
eu espero em vão
por tempos antigos
por uma canção
Ainda procuro
por quem não esqueci
por quem já não volta
por quem eu perdi
(2 x)
Procuro a noite
um sinal de ti
eu espero a noite
por quem não esqueci
eu peço a noite
um sinal de ti
Por quem eu não esqueci.